
Como consequência do isolamento social causado pela pandemia do Coronavírus, o Conselho Federal de Medicina (CFM) publicou em fevereiro uma resolução autorizando consultas online, telecirurgia, telediagnóstico, entre outras formas de atendimento médico à distância. A medida funciona em caráter emergencial enquanto durar a crise causada pelo vírus. Assim como grande parte dos profissionais, os médicos também precisaram se adaptar aos efeitos da crise do coronavírus.
Com consultórios e clínicas fechadas, o desafio dos profissionais de saúde que não estão na linha de frente da guerra contra a Covid-19, é manter o atendimento essencial aos seus pacientes sem expô-los a qualquer tipo de risco.
Sem atender seus pacientes presencialmente no consultório de medicina preventiva, o médico Carlos Bayma passou a oferecer consultas online, respeitando as normas do CFM. No entanto, ele destaca que apenas paciente com casos de urgência devem procurar atendimento neste momento: “O ambiente hospitalar é frequentado por todas as pessoas, por isso, resguardar a saúde dos mais frágeis é essencial neste período.” Ainda, segundo ele, essa nova forma de atender tem um lado positivo: “Eu consigo atender, por videochamada, ou até por ligação, pessoas com dificuldade de locomoção com mais facilidade, sem o desgaste de ir até um local físico. Acredito que isso pode moldar as formas de atendimento no futuro, respeitando sempre a segurança e saúde das pessoas.”
Além do teleatendimento, Dr. Carlos Bayma tem investido nas suas redes sociais neste período. Postagens didáticas e lives no Instagram, onde esclarece dúvidas do público, têm sido frequentes em seu perfil na rede social. Ele já acumula mais de seis mil seguidores: “Em caráter informativo, consigo dar um direcionamento aos seguidores, para que cuidem da saúde, se previnam e busquem informações confiáveis.”
O obstetra e ginecologista, Dr Glaucius Nascimento não pôde interromper completamente o atendimento no consultório, devido a sua área de atuação. No entanto, a assistência é direcionada apenas às gestantes que necessitam de acompanhamento e para viabilizar isso, foram adotadas regras, para garantir a saúde dos pacientes: ” Nós demos mais tempo entre uma consulta e outra, para que não acumule pessoas na recepção do consultório e limitamos o número de acompanhantes”, explica.
Além disso, foi criado um site com informações sobre a relação entre a gravidez e a Covid-19, com as últimas pesquisas e atualizações acerca do assunto. “Através dessa plataforma, nós conseguimos tranquilizar e atualizar, em tempo real, o que se tem de notícia sobre o Coronavírus, que possa interessar as gestantes”, completa. Constantemente atualizadas, as redes sociais de Glaucius cumprem um papel importante na busca pela informação: “A obstetrícia não para, não há como conter uma gravidez ou atrasá-la, por isso, a conscientização e a prevenção são tão importantes e o nosso papel é esse: promover saúde e bem estar através da informação” finaliza.