
É muito importante incentivar as crianças a terem uma vida saudável. Os índices de obesidade são cada vez mais elevados entre os pequenos. Nessa fase da vida, o exemplo é o melhor ensinamento. Procure fazer refeições leves com seus filhos, evitando fast-food e outros alimentos industrializados, que são ricos em sódio, gordura e açúcar. A prática de exercícios físicos também é fundamental. Natação, futebol, ciclismo e outras atividades ao ar livre são ótimas opções para despertar a atenção das crianças e o interesse em movimentar o corpo.
“O Brasil está se tornando um país com taxa muito elevada de obesidade infantil. Uma criança obesa tem uma chance muito alta de se tornar um adulto obeso, com comorbidades associadas como diabetes e síndrome metabólica”, afirma o cardiologista Marco Antônio Alves. Por isso, as avaliações médicas feitas pelo pediatra nos primeiros meses de vida são fundamentais para a identificação e o controle de fatores que poderão resultar em problemas cardíacos no futuro.
Segundo Marco Antonio, a criança deve ser acompanhada pelo pediatra desde o nascimento. Caso ele detecte algum problema, irá encaminhá-la para avaliação cardiológica. É importante, para essa prevenção, estar atento ao histórico familiar para detectar casos de diabetes, obesidade, hipertensão e dislipidemia, além de histórico familiar de cardiopatia congênita. “Se na família da criança há antecedentes de dislipidemia e obesidade, o pediatra solicita dosagem de colesterol e triglicérides a partir dos dois anos de idade. Em caso de alteração nestas dosagens, encaminha a criança para o cardiopediatra”, explica.
Marco Antonio diz que a primeira dosagem de lipídeos sanguíneos deve ser feita a partir dos dois anos de idade e repetida a cada cinco. Mas a prevenção pode ser iniciada antes disso, com o acompanhamento pré-natal e a adoção de hábitos saudáveis, como evitar o fumo durante a gravidez, por exemplo.